O canto colectivo do Hino da Internacional e do Hino Nacional da Galiza, acompanhado dos sons da gaita, pugérom fim ao acto patriótico deste 12 de Agosto em Ferrol.
Quem limite as suas fontes de informaçom ao panorama mediático do regime, terá comprovado o quase absoluto silêncio que esses meios dedicárom à convocatória pública do tradicional acto independentista em lembrança de José Ramom Reboiras Noia, que NÓS-Unidade Popular vem realizando desde 2001 à porta do edifício ferrolano onde foi cobardemente assassinado pola polícia franquista. Porém, este ano nom foi umha excepçom, e a concentraçom convocada pola nosssa Assembleia Comarcal de Trasancos voltou a reivindicar o legado político e patriótico do jovem comunista e independentista galego.
Como já anunciamos em dias passados, o acto consistiu numha oferta floral na renovada placa comemorativa colocada já no ano passado. Os companheiros Maurício Castro, da Direcçom Nacional de NÓS-UP, e Carlos Garcia Seoane, da organizaçom juvenil independentista BRIGA, colocárom as flores comemorativas do XXIV aniversário da morte do militante da UPG, dirigindo também umhas palavras às pessoas concentradas.
Maurício Castro foi o primeiro a falar, sublinhando como o reconhecimento institucional espanhol à figura do patriota galego assassinado em 1975 converte um militante oficialmente considerado "terrorista" durante mais de três décadas, numha figura digna de um reconhecimento "moral e pessoal", segundo a Delegaçom do Governo de Espanha. Frente ao acto institucional protagonizado polo representante de Espanha na Galiza, Antom Louro, na manhá de ontem, o nosso companheiro lembrou que continua pendente o reconhecimento político de umha instituiçom soberana galega, do mesmo jeito que a Irlanda soberana reconheceu a figura do revolucionário independentista James Connolly, também considerado um "terrorista" polo imperialismo británico.
Sublinhou Castro a contradiçom de que o delegado do Governo espanhol esteja a reconhecer Reboiras em simultáneo com a imposiçom de multas a centenas de trabalhadores e trabalhadoras do metal do sul da Galiza, por participarem na recente greve metalúrgica, ou a repressom lançada contra a vizinhança de Cangas e contra quem defende a nosssa língua.
Carlos Garcia Seoane tomou a palavra para reivindicar o Reboiras jovem, comunista e independentista, espelho da militáncia actual da esquerda independentista. Como militante de BRIGA, negou qualquer identidade entre a luita do jovem combatente da UPG dos primeiros 70 e a actual dirigência do autonomismo, definitivamente integrada no mesmo sistema que Moncho Reboiras combateu até a morte.
O canto colectivo do Hino da Internacional e do Hino Nacional da Galiza, acompanhado dos sons da gaita, pugérom fim ao acto patriótico deste 12 de Agosto em Ferrol.